Conlang
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Há várias maneiras de se construir novas escritas (não necessariamente alfabéticas), e eles são úteis para conlangs, especialmente para representar fonemas específicos dos quais os alfabetos humanos existentes não dão conta.

Origens dos caracteres[]

A origem e a evolução dos caracteres é algo bem interessante de se pensar. Há várias formas: o nosso alfabeto latino, por exemplo, é oriundo do greko; este oriundo do fenício; o fenício, do sinaítico; e o sinaítico, dos hieróglifos egípcios.

Esses caracteres tinham originalmente relação com a agricultura e criação de animais para abate, pois surgiram como forma de registrar a colheita e as tarefas do trabalho no campo. O A, por exemplo, representva uma cabeça de vaca (hoje invertida).

Outras escritas derivam, possivelmente, da escrita suméria, cuja evolução levou à escrita cuneiforme - sinais marcados na argila úmida com um estilete feito de junco (caniço).

Há ainda a escrita coreana, que não se originou de pictogramas, como a asteca, ou de logogramas alusivos a coisas e idéias, como os ideogramas chineses. O Hangul coreano foi criado pelo Rei Sejong, que fez as formas dos caracteres corresponderem à posição da boca e da língua na sua pronúncia (quase uma escrita fonética)

Processo de criação[]

Uma maneira interessante de se criar caracteres para uma língua é imitar a forma como (creio eu) os caracteres de todas as outras línguas podem ter-se originado. O verbo foi pronunciado muito antes de ser escrito. Assim as palavras e os nomes das coisas já existiam antes da necessidade de escrevê-los. A sugestão, então, é a seguinte:

  1. Da recém-nascida língua não escrita o criador pode escolher palavras que lhe parecem significativas, nomes de coisas, seres, acontecimentos, fenômenos da natureza, ou objetos que fazem parte de sua realidade, do seu dia-a-dia.
  2. O falante da recém-nascida língua não escrita pode, desta maneira, criar um "panteão", uma coleção de arquétipos relacionados ao seu próprio mundo, um para cada letra.
  3. Ele então desenha a imagem de seus arquétipos pessoais e escreve com eles. Com o uso os detalhes se perdem, os traços se simplificam. Com o uso revela-se a face final da letra.

Esse é um caminho interessante porque, assim, ao contrário de se usar qualquer instrumento externo ou de se desenhar os caracteres "do nada", o autor cria uma letra com uma história - cria-se uma letra com a Alma.

Digitalizando[]

Uma ferramenta útil para desenhar caracteres no computador é o programa Glyph Maker. Na página do desenvolvedor, há uma breve explicação dos códigos utilizados. Há uma nova versão, com a qual é possível "desenhar" as letras com mais detalhes.

Para os que criam o alfabeto desenhando a mão, no papel, e depois digitalizam, há diversas maneiras de convertê-los em fonte para ser usada. Quem tiver o software de desenho CorelDRAW! pode usá-lo para criar fontes True Type (um sistema que permite a reprodução fiel na tela e na impressora), salvando cada caractere, um por um, no mesmo arquivo de formato TTF.

Links externos[]

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