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Os Alfabetos rúnicos são alfabetos baseados em letras conhecidas como runas, usados para escrever línguas germânicas do século II d.C. ao XV d.C.

Assim como nos casos do alfabeto latino e do alfabeto cirílico, o alfabeto rúnico tem certo número de variantes. As escandinavas são também conhecidas como futhark (ou fuþark, derivado das primeiras seis letras: F, U, Þ, A, R, e K) e a variante frísia e anglo-saxônica como futhorc ou fuþorc, devido às alterações fonéticas das mesmas seis letras no inglês antigo.

Fuþark Antigo[]

O fuþark antigo, usado para escrever o proto-nórdico (urnordisk, urnordiska), consiste em 24 runas, freqüentemente arranjadas em três linhas ou colunas de oito. Esse alfabeto foi usado desde o século II d.C. e o mais antigo conjunto dessas runas em ordem seqüencial data de cerca de 400 d.C. e foi encontrado na Pedra Kylver, em Gotland.

Futhark

Insuficiente

Fuþorc Frísio e Anglo-saxão[]

O fuþorc é uma versão estendida do fuþark, que consistiu inicialmente em 29 caracteres. Mais tarde, esse número foi ampliado para 33, mas as quatro últimas runas não são encontradas em entalhes, mas apenas em manuscritos.

Não se sabe se foi desenvolvido na Frísia e dali transmitiu-se para as Ilhas Britânicas, ou se seguiu o caminho inverso. O alfabeto cirth criado por Tolkien é uma variante do fuþorc.

Anglosaxonrunes

Fuþorc, a variante anglo-saxônica do alfabeto rúnico

Fuþark Novo[]

O fuþark novo, também chamado fuþark escandinavo, é uma forma reduzida do fuþark antigo, com apenas 16 caracteres. A redução está relacionada às mudanças fonéticas ocorridas na evolução do proto-nórdico para o nórdico antigo.

Essa escrita é encontrada na Escandinávia e nas colônias vikings do século IX em diante. Agrupam-se em runas de ramos longos (dinamarquesas) e de ramos curtos (suecas e norueguesas). Acredita-se que as primeiras eram usadas para documentação em pedra e as segundas no uso diário, para mensagens privadas ou oficiais em madeira.

Uma variante "sem ramos" é também encontrada na região sueca de Hälsingland e foi usada entre os séculos X e XII.

Futhark ramos longos

Futhark "novo" de 16 runas, versão de ramos longos.

Futhark ramos curtos

Futhark "novo" de 16 runas, versão de ramos curtos.

Futhark sem ramos

Futhark "novo" de 16 runas, versão "sem ramos".

Runas marcomânicas[]

Essas runas são encontradas em um tratado chamado De Inventione Litterarum, preservado em tratados dos séculos VIII e IX, na maioria originários da Suábia e Bavária e atribuídos a Hrabanus Maurus.

Apesar do nome, não têm relação com o povo dos Marcomanni e parecem ser uma tentativa de eruditos carolíngios de representar todas as letras do alfabeto latino com equivalentes rúnicas.

Marcomannic

As runas "marcomânicas" de Hrabanus Maurus

.

Runas medievais[]

Na Idade Média, o fuþark novo foi expandido para voltar a conter um caráter para cada fonema do nórdico antigo. Variantes com pontos das consoantes surdas foram introduzidas para representar as sonoras e vice-versa. Também apareceram novas runas para representar vogais. Há um grande número de variantes dessas runas medievais, que foram usadas até o século XV.

Futhark medieval

Runas escandinavas na Idade Média

Runas dalecarlianas[]

Na isolada província de Dalarna, na Suécia, foi desenvolvida uma combinação de runas e letras latinas. Essas runas teriam sido usadas desde o século XVI e tiveram algum uso até a primeira década do século XX. Não se sabe com certeza se houve realmente uma tradição continuada, ou se pessoas dos séculos XIX e XX as reinventaram a partir de livros sobre esse tema.

Runas dalecarlianas

Runas dalecarlianas

Ligações externas[]

  • Werner, Carl-Gustav (2004). The allrunes Font and Package [1].
  • Wikipedia (inglês) - Runic alphabet [2]
  • Runes from Dalarna, Sweden [3]
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