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Fonologia (do Grego phonos = voz/som e logos = palavra/estudo) é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Esta é uma área muito relacionada com a Fonética, mas as duas têm focos de estudo diferentes. Enquanto a Fonética estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala (chamados de fones), a Fonologia preocupa-se com a maneira como eles se organizam dentro de uma língua, classificando-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas.

/f/ e /v/ são exemplos de unidades distintivas do Português. É o que podemos observar num par mínimo como faca/vaca, pois o que garante a diferenciação entre essas duas palavras é a permutação entre os dois fonemas referidos.

Já unidades como [t] e [tʃ] não fazem distinção entre palavras no português do sudeste brasileiro, embora sejam foneticamente diferentes. Em certas regiões do Brasil, inclusive São Paulo e Rio de Janeiro, o fonema /t/ é pronunciado de maneiras diferentes, dependendo de sua posição relativa a outros sons: diante de [i], é realizado como [tʃ], ao passo que, diante de outras vogais, é pronunciado como [t] (cf. a diferença na pronúncia do primeiro som das palavras tipo e topo). Por não haver contraste entre essas duas pronúncias, a Fonologia não concebe esses dois sons como fonemas distintos; entende-os como uma unidade do ponto de vista funcional e examina as condições sob as quais se dá a alternância entre eles.

Além disso, a Fonologia também estuda outros tópicos, como a estrutura silábica, o acento e a entonação.

Fonemas e ortografia[]

Os sistemas ortográficos de algumas línguas são baseados no princípio fonêmico de uma letra (ou combinação de letras) para cada fonema e vice-versa. Na prática, esse ideal de biunivocidade nunca é alcançado; apenas é mais aproximado em algumas línguas do que em outras.

Em português, por exemplo, o mesmo som pode ser representado de maneiras diferentes, dependendo da palavra (por exemplo, /ʃ/, representado como x em xadrez e como ch em chuva); outra possibilidade é a de uma mesma letra ser usada para fonemas diferentes (por exemplo, a letra e representa /e/ em medo e /ɛ/ em queda).

Dada a incapacidade dos sistemas ortográficos representarem todos os sons das línguas humanas inequivocamente, fonólogos e foneticistas empregam alfabetos fonéticos, projetados com o objetivo de caracterizar precisamente cada símbolo. O mais conhecido deles é o Alfabeto Fonético Internacional, conhecido como AFI, ou IPA, sua sigla em Inglês. Uma das convenções largamente utilizadas em estudos da área é usar colchetes, "[ ]", para delimitar uma transcrição fonética e barras inclinadas à direita, "/ /", para delimitar seqüências de fonemas.

Ver também[]

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