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Geral[]

Maladês é uma língua artificial iniciada em 2003 por José Luiz Freitas Aleo quando escrevia seu livro infantil As Aventuras de Liane. Na história, a língua maladesa era falada pelos habitantes do reino de Malad. O maladês se caracteriza como uma língua fexional, polissintética, declinável, conjugável e aglutinante.

No início de sua criação, poderia ser considerada uma língua a priori, no entanto, com o passar do tempo, incorporou elementos de outros idiomas já existentes. O vocabulário, embora ainda escasso, foi majoritariamente criado sem a utilização de referências externas, porém, parte considerável do léxico recebeu fortes influências inglesas e latinas. Traços latinos também podem ser encontrados na estrutura sintática do maladês. Quanto à morfologia, houve tímidas influências do inglês e do árabe.

Classificação quanto à época e ao registro[]

A língua maladesa, se divide em dois dois tipos: maladês arcaico e maladês moderno. O maladês arcaico é a mais antiga forma da língua maladesa de que se tem notícia, existem hoje apenas dois pequenos excertos de origem obscura escritos na linguagem arcaica, o sentido dos textos ainda não foi totalmente compreendido e quase todas as palavras são desconhecidas atualmente.

Já o maladês moderno é dividido em três grandes grupos: maladês baixo, maladês médio e maladês alto. O maladês baixo é usado na comunicação comum e familiar entre indivíduos de uma determinada região, é considerada uma forma posterior e coloquial do idioma por não apresentar declinações nominais e conjugações verbais mais complexas. O maladês médio é o registro da língua mais largamente difundido entre os falantes, é considerada a principal variação para a comunicação oral e escrita e pode ser compreendido por todos. Por último, o maladês alto é considerado o registro mais formal da língua, é usado na comunicação comum entre poucos indivíduos de uma determinada região, mas seu uso mais frequente se dá nos documentos oficiais e celebrações religiosas. Historicamente, sua origem precede o maladês médio. O maladês alto se caracteriza por ter uma declinação em mais casos nominais do que a variação do maladês médio, além disso, há leves diferenças no vocabulário e na pronúncia de algumas palavras.

Aspectos linguísticos e gramaticais[]

Tomemos como referências, para a análise linguística, as variações média e alta da língua maladesa, que são largamente usadas na linguagem escrita. Deixaremos de lado, portanto, o maladês arcaico, pois nos faltam estudos e referências sobre ele, e o maladês baixo, pela escassez de documentos escritos nessa variação.

Para os exemplos, usaremos as as abreviações M.A. e M.M. para nos referirmos ao maladês alto e ao maladês médio respectivamente.


O alfabeto e a pronúncia das letras[]

O maladês é uma língua com alfabeto próprio, mas que pode ser adaptada ao alfabeto latino, a fim de facilitar o estudo aqui proposto. O alfabeto maladês pode ser transcrito com os seguintes caracteres latinos:

A, K, U/W, V, L, B, C, M, X, N, D, E, O, KS, Z, P, F, G, R, H, I/Y, S, T, J, TT, Ř

C sempre tem o som de /k/

X tem o som de /ʃ/

G sempre tem o som de /g/, nunca de /ʒ/

R tem o som vibrante simples alveolar /ɾ/ e pode ganhar o valor de / ʀ / (vibrante múltipla uvular) quando é precedido pela consoante C ou K no ataque duplo da sílaba.

H tem o som aspirado /h/

J tem o som /ʤ/

S tem o som de /s/, mas pode ter, em alguns casos, o som de /ʃ/

TT, tem o som de /t/, porém é realizada de maneira vibrante e múltipla

Ř tem o som da vibrante múltipla uvular / ʀ /

KS (pronuncia-se /ks/)é uma adaptação latina para o que, no alfabeto maladês, é representado por apenas uma letra.

TT é uma adaptação latina para o som que, no alfabeto maladês, é representado por apenas uma letra.

Notas de pronúncia e grafia[]

Não se pode dizer que a pronúncia e a grafia do maladês siga padrões rigorosamente fonéticos.

O maladês não tem uma acentuação que indique a sílaba tônica das palavras, no entanto, a maioria das palavras de duas ou mais sílabas é paroxítona. No entanto, pode-se ter certeza de que uma uma palavra é oxítona quando ela termina com uma consoante não pronunciada.

No entanto, a pronúncia correta das palavras está diretamente ligada às classes gramaticais e não pode ser estudada separadamente. Notas de pronúncia estarão presentes durante toda a explicação gramatical.

Podemos, por ora, evidenciar algumas ocorrências gerais:

U/W - palavras terminadas com U, como mau (gato) e tau (baixo), têm o U transformado em W ao receberem algum sufixo. Ex.: mawo, tawe;

AU - pronuncia-se /ɔ/. Ex.: glau (dizer) /'glɔ/;

CR e KR - este ataque duplo em sílabas pode ter três pronúncias: /kɾ/ (com 'r' vibrante simples alveolar) , /kʀ/ (com 'r' vibrante múltiplo uvular) ou apenas /ʀ/ ( 'r' vibrante múltiplo uvular, sem pronunciar o /k/);

AN - pronuncia-se /õ/. EX.: manrez /mõ.'ʀe/;

CR, TR, KR, PR, KU - e demais ataques duplos envolvendo R ou U/W como segundo elemento. O maladês médio pode ou não pronunciar como ataque simples, suprimindo o segundo elemento. Ex.: kuatra (casa) /'ka.ta/;

Consoantes finais - muitas consoantes finais, exceto L, N, M, não são pronunciadas, mas indicam que a única sílaba é tônica. No entanto, elas são pronunciadas se se acrescentarem sufixos. Ex.: baut (flor) /'baw/, lomp (água) /'lɔm/.

Nomes e declinação nominal[]

Entende-se por nome, a palavra que tem a função de designar uma pessoa, um animal ou uma coisa. São, portanto palavras submetidas à flexão nominal e à declinação nominal. Em linhas gerais, fazem parte do grupo dos nomes os substantivos, os adjetivos, os pronomes e as formas nominais dos verbos.

Todos os nomes em maladês devem ser declinados de acordo com sua função sintática numa oração. Há apenas uma única declinação com oito casos em maladês alto e cinco casos em maladês médio.

Os casos são:

Nominativo (nom.) – usado quando o nome está na posição de sujeito ou quando é precedido por uma preposição;

Vocativo (voc.) – usado quando o nome está na função de vocativo;

acusativo 1 (acu.) – usado quando o nome está na posição de objeto verbal e que sofre ação física do agente verbal;

acusativo 2 (acs.) – usado quando o nome está na posição de objeto verbal e que não sofre ação física do agente verbal;

dativo (dat.) – usado quando o nome está na função de adjunto adverbial de destino;

genitivo (gen.) – usado quando o nome está na função de adjunto adnominal de posse;

especificativo (esp.) – usado quando o nome está na função de adjunto adnominal de tipo ou de material;

locativo (loc.) – usado quando o nome está na função de adjunto adverbial de lugar.


Nominativo[]

O caso nominativo não apresenta uma forma específica. Todos os nomes da língua maladesa são citados em suas formas nominativas quando não estão inseridos numa oração, ou seja, no dicionário maladês, por exemplo, os nomes são listados na forma do nominativo.

Cada nome tem sua própria terminação no caso nominativo.

Ex.: kuatra (casa) (radical: kuatr; terminação: a); anke (Deus); pi (pássaro); sino (filho); balu (trabalho); razek (pescoço).

Como já dito anteriormente, o caso nominativo é usado para designar a função de sujeito da oração. Ex.: kuatra krumees (a casa é grande).

Também usa-se o nominativo quando o nome está subordinado a uma preposição. Ex.: Pi no kuatra (o pássaro [está] sobre a casa).

Plural do nominativo: A regra geral para o plural do nominativo é acrescentar o sufixo -m.Ex.: kuatra, pl. kuatram.

Se a palavra terminar em consoante, o maladês alto utiliza a vogal de ligação -u- como infixo entre o radical e o sufixo, já o maladês médio segue a regra geral. Ex.: M.A.: razek, pl. razekum; M.M.: razek, pl. razekm.

Se o nome termina em -m ou -n, o plural do nominativo é feito em -mun, no maladês alto, e em -mn, no maladês médio. Ex.: M.A.: ton (pé), pl. tomun; M.M.: ton, pl. tomn.


Vocativo[]

A terminação para o caso vocativo singular é o sufixo -u. A regra geral para a formação do vocativo é acrescentar o sufixo -u ao radical da palavra. Ex.: nom. anke, voc. anku.

Se o nome, em sua forma nominativa, já terminar com a letra u, o vocativo é feito em -o. Ex.: nom. balu, voc. balo.

O plural do vocativo é exatamente igual ao plural do nome em sua forma nominativa.


Acusativo 1[]

As regras que diferenciam o uso entre o acusativo 1 e o acusativo 2 não são claras e há muitas exceções. A princípio, o nome declina-se no acusativo 1 quando exerce a função do objeto que sofre uma ação física do agente verbal. Por exemplo, na oração ‘o vento trás as nuvens’, ‘nuvens’ sofre a ação física de deslocamento. O acusitavo 1 é, portanto, regido por verbos como man (comer) e pro (bater).

É comum o uso do acusativo 1 em verbos cujo objeto não sofre ação física do agente verbal. Nesses casos, o verbo tem uma única regência e dispensa o uso do acusativo 2 para distinguir seus diferentes significados, como o verbo glo (ver). Os objetos do verbo glo nunca sofrem ação física do agente verbal, porque eles apenas são ‘vistos’, neste caso, o verbo tem uma única regência, portanto, usa-se o acusativo 1.

A formação do acusativo 1 singular é feita ao acrescentar o sufixo -e ao radical do nome. Ex.: nom. kuatra, acu. kuatre; nom. razek, acu. razeke.

Caso o nome já termine em -e em sua forma nominativa singular, essa vogal final, que geralmente tem pronúncia fechada, torna-se aberta e recebe o sinal (`). Ex.: nom. sing. anke, acu. pl. ankè.

A formação do plural do acusativo 1 é feita a partir do plural do nominativo, acrescentando o sufixo -e. Ex.: nom. pl. kuatram, acu. pl. kuatrame; nom. pl. razekum, acu. pl. razekume.

Caso o nome termine em consoante na forma nominativa singular, aceita-se, para a formação do acusativo 1 plural, o acréscimo do sufixo -em, deixando a pronúncia mais agradável. Ex.: nom. sing. razek, acu. pl. razekem.


Acusativo 2[]

O acusativo 2 é, geralmente, regido por verbos que têm mais de um sentido e fazem uso das duas formas do acusativo para diferenciá-los. Por exemplo, o verbo hen (ganhar, alcançar, pegar) no sentido de ‘ganhar’ e ‘alcançar’, o objeto não sofre ação física, portanto, rege o acusativo 2, diferenciando-se, dessa forma, do sentido de ‘pegar’, que rege o acusativo 1.

A formação do acusativo 2 singular é feita a partir do nominativo singular. Se o nominativo singular terminar com uma vogal, basta dobrar esta vogal. Ex.: nom. kuatra, acs. kuatraa (pronuncía-se como uma vogal longa).

Caso o nome termine em consoante na forma nominativa singular, identifica-se a vogal de núcleo da última sílaba e dobra-a como sufixo. Ex.: nom. razek (vogal de núcleo da última sílaba é e, portanto o sufixo acs. sing. deverá ser -ee), acs. razekee.

O plural do acusatico 2 é exatamente igual ao plural do nome em sua forma acusativa 1.

O maladês médio sempre utiliza o acusativo 1. Somente o maladês alto faz distinção entre as duas formas de acusativo.


Dativo[]

O uso do dativo se dá em nomes cuja função é de adjunto adverbial de destino. Em português, isso ocorre com o uso das preposições ‘a’ e ‘para’. Ex.: ‘vou à escola’ e ‘esta carta é para Maria’.

O dativo singular se forma a partir do nominativo singular, acrescentando o sufixo -ks. Ex.: nom. kuatra, dat. kuatraks.

O dativo plural se forma a partir do nominativo plural, acrescentando o sufixo -uks, para o maladês alto. Ex.: nom. pl. kuatram, dat. pl. kuatramuks.

Para o maladês médio, acrascenta-se apenas o sufixo -ks. Ex.: voc. pl. kuatramks.


Genitivo[]

Declinam-se no gentivo os nomes que exercem a função de adjunto adnominal de posse. Por exemplo, ao se dizer ‘casa do gato’, o termo ‘do gato’ é, em maladês, declinado na forma de genitivo da palavra ‘gato’.

Para a formação do genitivo, acrescenta-se o sufixo -o ao radical da palavra. Ex.: nom. sing. kuatra, gen. pl. kuatro; nom. sing. mau [ou maw] (gato), gen. pl. mawo. Caso a palavra já termine com a letra O, no caso nominativo, ao colocá-la no genitivo, o O deverá ser acentuado (ò). Nesse caso, sua pronúncia passará a ser aberta e a última sílaba se torna tônica. Ex.: nom. 'toko' /'to.kʊ/ (corpo), gen. 'tokò' /to.'kɔ/.

Portanto, ‘casa do gato’, em maladês, escreve-se ‘kuatra mawo’ ou ‘mawo kuatra’.

O genitivo plural é formado a partir do nominativo plural, acrescentando o sufixo -o. Ex.: nom. pl. kuatram, gen. pl. kuatramo.

Especificativo[]

Declina-se no caso do especificativo o nome que exerce a função de adjunto adnominal de tipo ou de material. Ex.: nom. ‘casa’, esp. ‘de casa’ ou ‘doméstico’; nom. ouro, esp. ‘de ouro’.

A formação do especificativo singular é feita a partir do nominativo singular. Se o nominativo singular terminar com uma vogal, basta dobrar esta vogal e acrescentar -m. Ex.: nom. kuatra, esp. kuatraam (pronuncia-se como uma vogal longa).

Caso o nome termine em consoante na forma nominativa singular, identifica-se a vogal de núcleo da última sílaba e dobra-a como sufixo. Ex.: nom. ttasting (ouro) (vogal de núcleo da última sílaba é i, portanto o sufixo esp. sing. deverá ser -iim), acs. ttastingiim.

Portanto, a expressão ‘casa de ouro do gato’ pode ser escrita como ‘kuatra ttastingiim mawo’ ou ‘mawo kuatra ttastingiim’. Deve-se, portanto, evitar ‘kuatra mawo ttastingiim’ e ‘ttastingiim mawo kuatra’, pois nessas há o sentido de ‘casa do gato de ouro’.

Não há formas de plural para o especificativo. Para tal função, usa-se a palavra na forma genitiva plural precedida pela palavra 'lump'. Ex.: kuatramani lump òm (quarto de/para homens)

O maladês médio não usa a forma especificativa. Para tal função, utiliza-se o sufixo -j- entre o núcleo do sintagma e o seu adjunto. Ex.: M.M. kuatrajttasting (casa de ouro).

Locativo[]

O uso do locativo se dá quando o nome exerce a função de adjunto adverbial de lugar.

A formação do locativo singular é feita a partir do nominativo singular. Se o nominativo terminar em vogal, basta acrescentar o sufixo -v. Ex.: nom. kuatra, loc. kuatrav.

Caso o nominativo singular termine em consoante, acrescenta-se -uv. Ex.: nom. strong (céu), loc. stronguv.

Para a formação do locativo plural, acrescenta-se ao nominativo plural o sufixo -uv. Ex.: nom. pl. kuatram, loc. pl. kuatramuv.

Quanto à pronúncia, a letra V, quando sufixo do locativo, tem o som de /y/ se precedida das vogais A, E, O ou U, e tem som de /w/ se precedida da vogal I.

O maladês médio não declina o locativo. Para desempenhar a função locativa, o nome, em sua nominativa, é precedido pela preposição vec. Ex.: vec kuatra (na casa).


Substantivos[]

Em maladês, substantivos são os as palavras que nomeiam os seres e podem ser qualificadas pelo adjetivo. O substantivo se flexiona em caso, numero e gênero. Em relação ao caso e ao número, o substantivo segue as regras comuns de declinação já explicadas acima.

Quanto ao gênero, os substantivos que nomeiam pessoas e animais (com exceção aos nomes) se flexionam em masculino e feminino. A forma primitiva da maioria dos substantivos é masculina, para transformá-lo em feminino, a partir do nominativo singular, acrescenta-se o sufixo -l. Em maladês alto, caso a palavra termine em consoante, usa-se o sufixo -ul (com vogal de ligação). Ex.: nom. sing. masc. kramo (garoto) /kɾa.'mɔ/, fem. kramol (garota); masc. maw, M.A. fem. mawul M.M. mawl.

Uma vez formado o feminino no nominativo singular, derivam-se daí todos os outros casos.

Declinação de kramo (garoto) em maladês alto

Singular

Plural

Masculino

Feminino

Masculino

Feminino

Nom.

garoto

kramo

kramol

kramom

kramolum

Voc.

ó garoto

kramu

kramolu

kramomu

kramolumu

Acu.

garoto

krame

kramole

kramome

kramolem

Acs.

garoto

kramoo

kramoloo

kramome

kramolem

Dat.

para o garoto

kramoks

kramoluks

kramomuks

kramolumuks

Gen.

do garoto

kramò

kramolo

kramomo

kramolumo

Esp.

de garoto

kramoom

kramoloom

Não existe

Não existe

Loc.

no garoto

kramov

kramoluv

kramomuv

kramolumuv

Substantivos com consoantes ocultas[]

Alguns raros substantivos como 'bau' (flor), 'cru' (tortura), 'o' /'o/(cachorro), 'glu' (peixe), 'glo' /'glo/ (fala) e 'glau' /'glɔ/ (olho) apresentam varição ao serem declinadas. Tais palavras guardam uma consoante oculta que aparecem nos casos acusativo 1, acusativo 2, genitivo, especificativo e locativo ou quando o verbo 'ee' se liga a elas. A consoante varia em cada palavra, e depende de sua etimologia.

As palavras citadas acima têm as seguintes consoantes ocultas:

bau

t

cru

d

o

t

glu

b

glo

t

glau

b

Abaixo exemplifica-se a declinação de 'bau'. Deve-se também ressaltar que na palavra 'bau' são pronunciadas ambas as vogais: /'baw/; diferentemente de 'glau', em que as letras AU têm o som de /ɔ/.


Declinação de 'bau' (flor), em maladês alto

Singular

Plural

nom.

flor

bau

baum

voc

ó flor

bao

baum

acu.

flor

baute

bautem

acs.

flor

bautaa

bautem

dat.

para a flor

bauks

baumuks

gen.

da flor

bauto

bautumo / baumo

esp.

de flor

bautaam

Não existe

loc.

na flor

bautuv

bautumuv / baumuv

'Au' e sua declinação[]

O substantivo 'au' /'ɔ/ (homem), tem uma declinação especial:

Singular

Plural

nom.

homem

au

au / òm

voc

ó homem

au

au / òm

acu.

homem

òe

òme

acs.

homem

òe

òme

dat.

para o homem

auks /òks

auks / òmuks

gen.

do homem

òo

òmo

esp.

de homem

òom

Não existe

loc.

no homem

hoc au (raro: òv)

hoc òm (raro: òmuv)

Adjetivos[]

Os adjetivos são nomes que qualificam os substantivos. Ex.: ze (alto) /'zɛ/, be (bonito) /'be/, wix (claro/branco) /'wiʃ/, vany (brilhante) /va.'ni/. O adjetivo é colocado, preferencialmente, antes do substantivo que qualifica, mas também pode ser colocado posteriormente, caso seja necessário para evitar duplas interpretações, cacofonias e outros problemas de entendimento.

Os adjetivos, em maladês, flexionam apenas em gênero e nos casos nominativo, vocativo e acusativo 1. Nos demais casos, o adjetivo permanece na forma do nominativo Não há, portanto, flexão adjetiva para o plural, isto é, mesmo que o substantivo vá para o plural, o adjetivo ligado a ele deve permanecer em sua forma singular.


Declinação de vany lomp (àgua brilhante) em maladês alto

nom.

vany lomp

voc.

vanyu lompu

acu.

vanye lompe

acs.

vany lompoo

dat.

vany lompuks

gen.

vany lompo

esp.

vany lompoom

loc.

vany lompuv

Adjetivos com consoantes ocultas[]

Assim como os substatantivos com consoantes ocultas, esse tipo de adjetivo também guarda um consoante que apenas aparece nos caso acusativo ou quando o verbo 'ee' se liga a ele.

Exemplo disso são os adjetivos 'cru' (cruel) e 'fi' (leal):


Nominativo/ Vocativo

Acusativo

cru

crude

fi

fide

Pronomes pessoais[]

O pronome pessoal nomeiam diretamente as pessoas do discurso e, em maladês, tem uso bastante regulado e obedece a regras rígidas, principalmente no maladês alto. Para esta categoria de nomes, há apenas os casos nominativo, genitivo e acusativo, apresentando as mesmas formas para acusativo 1 e acusativo 2. Nos demais casos, o pronome permanece na forma do nominativo, exceto no locativo, que veremos adiante.

O pronome pessoal no caso nominativo é pouco empregado, uma vez que a conjugação verbal indica a pessoa. Em maladês alto, não se utiliza o pronome pessoal nominativo se o verbo conjugado indicar com clareza a pessoa do sujeito. No entanto, abre-se uma ressalva para seu uso quando se quer enfatizar quem é o sujeito. O mesmo se aplica ao maladês médio, de forma menos rigorosa. Portanto, ao se usar o verbo conjugado "gobai" (eu fiz), a pessoa do sujeito já está indicada, mas, quando se diz "it gobai", pode-se traduzir por "foi eu quem fez". Outro uso comum do pronome pessoal nominativo acontece em respostas diretas sobre o sujeito da ação. Ex.: "Con gobas?" "It" ("Quem fez?” “Eu”). São eles:

Pronomes pessoais - caso nominativo

Eu

it /’i/

Nós

M.A. itum, M.M. itm/’i.tɨm/

Tu / Você

ni

Vós / Vocês

nim

Ele

sam

Eles

M.A. samun, M.M. samn /’sã.mɨn/

Ela

sal

Elas

M.A. salum, M.M. salm


Declinados no genitivo, os pronomes pesoais são:

Pronomes pessoais - caso genitivo

Meu(s)/minha(s)

ito

Nosso(s)/nossa(s)

M.A. itumo, M.M. itmo

Teu(s)/Tua(s)

no /’nɔ/

Vosso(s)/vossa(s)

nimo

Dele

samo

Deles

M.A. samuno, M.M. samno

Dela

salo

Delas

M.A. salumo, M.M. salmo

O pronome pessoal no genitivo é colocado, preferencialmente antes do substantivo, mas também pode ser colocado depois. Ex.: itumo kuatra (nossa casa).

Em relação ao acusativo, ele só é usado em dois casos principais: 1. Como objeto de um verbo no imperativo e; 2. Se o objeto for um pronome pessoal no plural. Esse assunto será tratado com mais detalhes quando falarmos sobre os verbos. Por ora, basta que se apresentem os pronomes pessoais no acusativo (cuja forma é compartilhada pelo acusativo 1 e acusativo 2):

Pronomes pessoais - caso acusativo

Eu

ite /’i.te/

Nós

M.A. itume, M.M. itme

Tu / Você

ne /’nɛ/

Vós / Vocês

nime

Ele

same /’sa.me/

Eles

samne ou samem

Ela

sale /’sa.le/

Elas

salme ou salem

Quanto ao locativo, usam-se as formas do nominativo precedidas pela preposição vec /'vɛ/. Quando essa preposição antecede um nome que se inicia com vogal, a letra C é pronunciada para fazer a juntura. é o caso de 'vec it' /vɛ.'ki/ (em mim) e 'vec itum' /vɛ.'ki.tum/ (em nós).

Pronomes Indicativos[]

Os pronomes indicativos têm a função de indicar a posição de algo no espaço, no tempo ou em um discurso, em maladês, eles antecedem o substantivo e são declináveis apenas nos casos nominativo, acusativo e locativo, apresentando as mesmas formas para acusativo 1 e acusativo 2. Nos demais casos, o pronome permanece na forma do nominativo. Para o locativo, usa-se a preposição vec antes do pronome em sua forma nominativa.

A primeira forma de pronome indicativo em maladês é o pronome si /'si/. 'Si' é usado para remeter a animais e coisas já anteriormente citados. Ex.: kuatra wixees, si itoees (A casa é branca, ela é minha). Este pronome só é usado na posição de sujeito, para as demais funções, utiliza-se o pronome pessoal 'sam' e sua declinação

Há também outros pronomes que indicam a proximidade com as pessoas do discurso, eles são 'sit', 'sini' e, 'sisam', correspondentes ao português 'isto', 'este(a)(s)', 'isso', 'esse(a)(s)', 'aquilo', 'aquele(a)(s)'. Esses três pronomes se apresentam nos casos nominativo e acusativo e genitivo, sendo facultativa a flexão para o locativo. Assim como os adjetivos, não há formas para o plural dos pronomes indicativos, como podemos observar na tabela abaixo, onde também poderemos reparar a discrepância entre a grafia e a proníncia da palavra sini e seus casos:


Nominativo

Isto, este(a)(s) – 1ª pessoa

sit (variações: siit, süt) /’ʃi/

Isso, esse(a)(s) – 2ª pessoa

sini /’iʃ.nɪ/

Aquilo, aquele(a)(s) – 3ª pessoa

sisam /si.’sam/

Acusativo

Isto, este(a)(s) – 1ª pessoa

site (variações: siite, süte) /’ʃi.te/

Isso, esse(a)(s) – 2ª pessoa

sine /’iʃ.ne/

Aquilo, aquele(a)(s) – 3ª pessoa

sisame /si.’sa.me/

Locativo

Nisto, neste(a)(s) – 1ª pessoa

siv /ʃi.’u/

Nisso, nesse(a)(s) – 2ª pessoa

siniv /iʃ.ni.’u/

Naquilo, naquele(a)(s) – 3ª pessoa

sisamuv /si.sa.’muɪ/

Não raro, os pronomes sit e siv são empregados no sentido de 'aqui'.

Do pronome sit, derivam as palavras 'sittic' (agora), 'sitraya' (hoje) e 'sittra' (aqui). Essas palavras derivadas são declináveis em todos os casos de acordo com as regras de declinação.

Pronomes Indefinidos[]

Os pronomes indefinidos antecedem o substantido para indicar uma quantidade imprecisa. Em maladês, os pronomes indefinidos são declináveis nos casos nominativo e acusativo (compartilhando as mesmas formas para os acusativos 1 e 2). Nos demais casos, permanece a forma nominativa.

Nominativo

Acusativo

Algum(a), alguns, algumas

vegoc /ve.’gɔ/

vegoce

Nenhum(a)

M.A. 'munno', M.M. 'mneno' /’mnɛ.no/

M.A. 'munne', MM. 'mnene'

Todo(a)(s)

M.A. 'mun', M.M. 'mne' /’mne/

M.A. 'mune', M.M. 'mnè' /’mnɛ/

Outro(a)

alter /’al.teɾ/

altere

Muito(a)(s)

kur M.A. /’kuɾ/ , M.M. /’ku/

Não existe

Pouco(a)(s)

kar M.A. /’kaɾ/, M.M. /’ka/

Não existe

Qualquer, quaisquer

kefaz /ke.’fa/

kefaze

Do pronome mneno, deriva a palavra mnenocon (ninguém). Do pronome mne, deriva a palavra mnecon (todas as pessoas). E de kefaz, derivam kafazcon (qualquer pessoa), kefazrez (qualquer coisa) e kefaztra (qualquer lugar). Essas palavras derivadas são declináveis em todos os casos de acordo com as regras de declinação.

Pronomes relativos e interrogativos[]

.

Substantivos Pronomes relativos

Pronomes interrogativos

rez (coisa) /‘ʀez/

SINGULAR

sha  (nom.) she (acu1) shaa (acu2) sho (gen.) shaks (dat.) shaam (esp.)

PLURAL

sham  (nom.) shem (acu1) shem (acu2) shom (gen.) shamuks (dat.)

lump  sha (esp.)

rez (O que?) (nom.)

reze (O que?) (acu.)

rezee (O que?) (acs.)

rezo (Do que?) (gen.)

rezuks (A que?) (dat.)

rezeem (De que?) (esp.)

kwese/kwesem (Qual/Quais...?) (nom)

kwesè/kweseme (acu.)

kwesee/kweseme (acs.)

kweso/kwesom (gen.)

kweseks/kwesemuks (dat.)

kweseem/lump kwesem (esp.)

tra (lugar) /’tra/ (pronúncia rara:/'ta/)

shav (loc.singular)

shamuv (loc. plural)

tra (Onde?)

con (pessoa) /’kõɲ/

sha, she, shaa...

sham, shem, shem...

con (Quem?), cono (De quem?)

tic (tempo) /’ti/

tic

tic (Quando?)

ikruk (número) /’i.kru/

ikruk (Quanto?)

kru (razão, motivo) /’kru/ ou /’ʀu/

kru (Por que?)

mo (maneira, forma) /’mɔ/

mo (Como?)

Os pronomes interrogativos sempre iniciam a sentença. Ex.: reze au gobas (o que o homem fez?). É interessante notar que o maladês dispensa o uso do ponto de interrogação.

Verbos[]

O verbo maladês é modificado em tempo, aspecto, pessoa e número, concordando sempre com o sujeito da oração. No caso da conjugação na terceira pessoa feminina, há um morfema indicador do gênero, o qual pode não ser usado se o sujeito feminino for explícito. Diferentemente da maioria das língua indoeuropeias, não há classes verbais, e todos os verbos são conjugados da mesma forma, embora algumas poucas formas irregulares apresentem diferenças.

Os tempos verbais maladeses são: infinitivo, particípio, imperativo, presente, pretérito, pretérito imperfeito, futuro, futuro hipotético e gerúndio.


Infinitivo[]

O verbo no infinitivo se apresenta sob duas formas: a forma pura e a forma de encaixe.

A forma pura se dá pela raiz do verbo desprovida de afixos, portanto ela serve de basa para a formação dos demais tempos verbais. Ex.: 'glau' (dizer / falar), 'man' (comer), 'glo' (ver), 'ado' (amar), itul (calar). Esses verbos são usados quando representam a ideia do verbo dissociada a um sujeito ou tempo definidos. Ex.: 'lata, glo y itul' (Ouvir, ver e calar). Outras vezes, a forma pura se apresenta em uma função nominal na frase, geralmente como sujeito. Ex.: 'man waxees' (Comer é bom).

Já a forma de encaixe é formada pelo prefixo 'ar-'. Ex.: 'arglau' (dizer), 'arman' (comer). Esse tipo de verbo se apresenta em orações subordinadas a um verbo principal quando ambas têm o mesmo sujeito.

Na frase em português "eu quero beber água", por exemplo, temos o sujeito "eu" do verbo principal, que modifica o verbo "querer". Já a oração "beber água" está encaixada à oração principal sob a forma de complemento verbal, contudo "querer" e "beber", compartilham o mesmo sujeito, pois "eu quero beber água" é equivalente a "eu quero que eu beba água".

Ao se escrever a frase apresentada em maladês, o único verbo a ser conjugado, será o 'deo' (querer), tornando-se 'deoi' (eu quero). Já o verbo 'glu' (beber) passa para a forma de encaixe 'arglu'. Dessa forma, a frase ficaria 'deoi arglu lompe' (eu quero beber água).


Particípio[]

O particípio maladês apresenta o sufixo '-ba'. Ex.: 'glauba' (dito), 'adoba' (amado). Essa forma, quando singular, é idêntica à do verbo conjugado na terceira pessoa masculina do pretérito. Contudo, o particípio exerce função nominal e está submetido ao morfema de número. Ex.: 'sam adobaees' (ele é amado), 'kramol adobalees' (a menina é amada); o sufixo '-ees' nas sentenças anteriores são a forma maladesa do verbo "ser" que, por vezes, vem aglutinada ao predicativo.


Imperativo[]

O imperativo maladês pode ser simples ou veemente. O imperativo simples é igual à forma pura do infinitivo. Ex.: 'glu lompe' (beba água). Já o imperativo veemente é usado em casos em que o falante deseja fazer sua ordem ou pedido de forma mais intensa, para isso, acescenta-se o sufixo '-ya'. Ex.: "gluya lompe" (beba água agora!)

Nenhuma forma curta de pronome deve ser ligada a um verbo no imperativo. O imperativo maladês não é conjugável e, caso algum pronome seja objeto obliquo do verbo imperativo, ele não seve ser aglutinado à forma verbal, mas apresentado separadamente na forma completa do pronome devidamente declinado.


As formas curtas dos pronomes[]

Em maladês, a conjugação verbal se dá pela colocação de elemento mórficos sobre a base verbal. Os sufixos que indicam a pessoa do verbo são iguais em todos os tempos verbais e são chamados de forma curta do pronome.


It

-i

Ni

-n

Sam

-s

Sal

-l

Itum

-im

Nim

-mun

Samn

-sum

Salm

-lum


Presente[]

O presente do verbo maladês é usado para expressar estados, acontecimentos ou ações que ocorrem no momento do enunciado ou que se estendem a esse momento. Também é usado para enunciar verdade universais ou ideias generalizadas atemporais. Em outros casos, a depender do contexto, usa-se o presente com a equivalência de um verbo no gerúndio.

Para a formação do presente, basta acrescentar a forma curta do pronome à forma pura do infinitivo:

Verbo 'ado' - adoi, adon, ados, adol, adoim, adomun, adosum, adolum. Ex.: 'adon bautem' (você ama flores)


Pretérito[]

O pretérito do verbo maladês é usado para falar de ações, acontecimentos ou estados que foram concluídas no passado. Para construir essa conjugação, utiliza-se o sufixo do pretérito '-ba-' seguido da forma curta do pronome:

Verbo 'ado' - adobai, adoban, adobas, adobal, adobaim, adobamun, adobasum, adobalum


Pretérito imperfeito[]

O pretérito imperfeito é usado para falar de uma ação, acontecimento ou estado que ocorria no passado sem duração determinada. Para construir esse tempo verbal, usa-se o prefixo '-eeba-' seguido da forma curta do pronome:

Verbo 'kapa' (deitar) - kapaeebai, kapaeeban, kapaeebas,kapaeebal,kapaeebaimkapaeebamunkapaeebasumkapaeebalum

Ex.: 'glaueebai tic itulbas' (eu estava falando quando ele se calou)

Pretérito imperfeito analítico - é formado pelo verbo "ee" (ser) + '-ba-' + forma curta do pronome seguido do verbo principal no infinitivo de encaixe. Ex.: 'eebai arglau' (eu estava falando)


Futuro[]

O futuro do verbo maladês é usado para falar sobre ações, acontecimentos ou estados que ocorrerão o futuro. Ele é formado a partir do verbo conjugado no presente, acrescentando o prefixo 'fa-':

Verbo 'ado' - faadoi, faadon, faados, faadol, faadoim, faadomun, faadosum, faadolum.

Futuro analítico - é formado pelas palavras 'fu' ou 'fa' (que são partículas indicadoras do futuro) acrescidas da forma curta do pronome e seguidas pelo verbo principal no infinitivo de encaixe. Ex.: 'fuim / faim arglo animage'  (nós veremos o filme). Esse tipo de futuro apenas é usado no maladês alto.


Futuro hipotético[]

O futuro hipotético é usado para falar da hipótese de um acontecimento imaginário, o qual dependeria de fatos do passado para que se realizasse.

Ele é formado a partir do verbo conjugado no pretérito acrescido do prefixo 'fa-':

Verbo 'irunc' (acordar) - fairuncbaifairuncbanfairuncbasfairuncbalfairuncbaimfairuncbamunfairuncbasumfairuncbalum. Ex.: 'fahenbai lalareze ix henban siit' (eu obteria alegria se você chegasse aqui)


Gerúndio[]

O gerúndio é usado para falar sobre ações que acontecem no momento do enunciado. Para construir esse verbo, usa-se o sufixo '-ee-' seguido da forma curta do pronome.

Verbo 'man' - maneei, maneen, manees, maneel, maneeim, maneemun, maneesum, maneelum.

Gerúndio analítico - é formado pelo verbo 'ee' conjugado no presente seguido do verbo principal no infinitivo de encaixe. Ex: 'een arirunc' (ele está acordando).


Oração negativa[]

Para colocar um verbo em sua forma negativa, basta acrescantar o prefixo 'en-' (pronuncia-se [ɑ̃]) ao verbo conjugado.

Ex.: 'enheni' (eu não consigo), 'enfamans' (ele não comerá), 'englobaim' (nós não vimos).


As formas curtas dos pronomes como complementos oblíquos do verbo[]

Se um complemento obliquo do verbo for os pronomes pessoais 'it', 'ni' ou 'sam', estes também podem vir em forma de sufixo após o morfema indicativo da pessoas do sujeito nos seguintes casos.

Sujeito 'it' + objeto 'ni' = '-in' => 'adoin' (eu amo você)

Sujeito 'it' + objeto 'sam' = '-is' => 'adois' (eu o amo)

Sujeito 'ni' + objeto 'it' = '-ni' => 'adoni' (você me ama)

Sujeito 'sam' + objeto 'it" = '-si' => 'adosi' (ele me ama)

Já em orações encaixadas, quando os dois verbos compartilham o mesmo sujeito, é possível que a forma curta do pronome exerça a função de objeto obliquo do verbo subordinado, ligando-se diretamente à raiz verbal, uma vez que o sufixo indicativo do sujeito é suprimido.

Ex.: 'deoi' (eu quero) => 'deoi arglo' (eu quero ver) => 'deoi arglon' (eu quero ver você). Portanto 'deoi arglon' é igual a 'deoi arglo ne'.

Reflexão do verbo[]

Quando o sujeito do verbo age sobre si mesmo, usa-se, em maladês, a partícula reflexiva '-on-', que é um sufixo colocado antes da forma curta do verbo. Ex.: 'glooni no lomp' (eu me vejo na água), 'fasmokonsum' (eles se matarão).


Verbos irregulares - ee, vi, cri[]

ee (ser) - o verbo "ee" é irregular nas formas do pretérito, do futuro, do pretérito imperfeito e do futuro hipotético:

Pretérito do verbo ee - ubai, uban, ubas, ubal...

Futuro do verbo ee - uvai, uvan, uvas, uval...

Pretérito imperfeito do verbo ee - eebai, eeban, eebas, eebal...

Futuro hipotético do verbo ee - faubai, fauban, faubas, faubal...


vi (viver) e cri (crer) - verbos cuja forma pura terminam com a letra 'i' sofrem alteração nas primeiras pessoas do presente e do futuro:

presente do verbo vi - vu, vin, vis, vil, vum, vimun, visum, vilum

futuro do verbo vi - fuvu, favin, favis, favil, favum, favimun, favisum, favilum

presente do verbo cri - cru, crin, cris, cril, crum, crimun, crisum, crilum

futuro do verbo cri - facru, facrin, facris, facril, facrum, facrimun, facrisum, facrilum

Números[]

O sistema numérico em maladês é de base 7:

Numerais










Do número 7 em diante, os algarismos se combinam da seguinte forma: [algarismo de unidade] + [partícula introdutória de heptena (-j-)] + [algarismo de heptena]. Portanto:


Sem título














Exemplo de Texto []

P 20171220 122000 1 1

Texto escrito com o alfabeto maladês moderno, sistema de escrita misto (logossilábico). Em caracteres latinos: "Loza yahuum fini jove unijérez betalamanorezem vlavam Malado" - Tradução: "Festa comemorativa do novo acordo ortográfico da língua de Malad".

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